ANA LIMA PIMENTEL , COM
O PSEUDÔNIMO DE “SINHÁ”, PATRONA DA CADEIRA DE Nº 17, DA EXTINTA ACADEMIA
POTIGUAR DE LETRAS, QUE TEVE COMO FUNDADORA: SANTA CAETANA DE BRITO GUERRA
ANA LIMA PIMENTEL , COM
O PSEUDÔNIMO DE “SINHÁ”, PATRONA DA CADEIRA DE Nº 17, DA EXTINTA ACADEMIA
POTIGUAR DE LETRAS, QUE TEVE COMO FUNDADORA: SANTA CAETANA DE BRITO GUERRA
Ana Lima Pimentel nasceu em Assu (RN), em 16 de maio de 1882.
Muito inteligente e sensível, foi autodidata, e costumava ler tudo o que
encontrava, principalmente a literatura romântica.
Ana Lima, ou Ana de Lima, como também costumava assinar,
colaborou em diversos jornais e revistas do Norte e Nordeste, como A República (1903), O
Lyrio (Recife, 1903), Almanach Literário de Histórico do Município de
Assu (1904), entre outros, utilizando muitas vezes o pseudônimo de
"Sinhá". Em 1901, aos dezenove anos, publicou o livro de poemas Verbenas,
que recebeu elogioso prefácio de Pedro Avelino, jornalista muito conhecido e
seu conterrâneo.
Em 22 de dezembro de 1906, casou-se com o professor Celestino
Pimentel, com quem tem seis filhos. Aos trinta e seis anos, grávida do sétimo
filho, a poetisa sofre uma queda que provocou a morte imediata de seu filho e,
semanas mais tarde, a sua própria, em 18 de janeiro de 1918.
Segundo informações de conterrâneos e parentes, Ana Lima teria deixado um
segundo livro com o título de "Natalinas", que lamentavelmente
desapareceu antes de ser impresso, e muitos poemas esparsos
FONTE – PADRE CELESTINO PIMENETEL
Em 22 de dezembro de 1906,
casou-se com o professor Celestino Pimentel (foto),nascido em 21 de junho de
1884 e faleceu em 11 de dezembro de 1967 com quem tem teve seis filhos. Aos
trinta e seis anos, grávida do sétimo filho, a poetisa sofre uma queda que
provocou a morte imediata de seu filho e, semanas mais tarde, a sua própria, em
Natal, no dia 18 de janeiro de 1918
FONTE – ASSÚ
NA PONTA DA LÍNGUA, DE IVAN PINHEIRO BEZERRA
RIMAS ALEGRES
Dorme minha alma sorrindo
Da esperança no regaço,
E sonha que estão fugindo
Pelo doce azul do espaço
Suas crenças perfumosas,
Como pétalas de rosas.
Não vês dos sonhos na calma
Desabrocharem meus versos?
Eles são as flores da alma
Da lira sutis dispersos!
Quero embalar-te os ouvidos,
Nestes harpejos queridos!
Nunca sofri dissabores,
Não sei se existe amargura,
Passo uma vida de flores,
De moça a vida mais pura.
Me alente o canto das rimas...
Com teu sorriso me animas.
Leio o futuro ridente
Na cor dos olhares teu!
E sei dizer, docemente,
Todos os dias: meu Deus!
Fazei permanente a origem
Dos róseos sonhos da virgem ...
Cerca-me o zelo paterno,
Tenho as maternas carícias,
Do lar ao aconchego terno
Canto venturas, delícias!
São tão formosos e tantos,
De minha vida os encantos...
Creio nas louras quimeras
Filhas diletas do amor;
Minhas gentis primaveras
Da adolescência na flor,
Não me mentem enganosas,
Sim, me sorriem ditosas!
Estas estrofes singelas
Não pensem ser ilusão,
São elas todas estrelas
Do céu do meu coração.
Primor que a vida matiza
E o meu viver sintetiza.
FONTE – ASSÚ
NA PONTA DA LÍNGUA, DE IVAN PINHEIRO BEZERRA
PÁGINA ÍNTIMA
Não pense, minha flor, que o triste
pranto,
Que ora desprende o meu olhar
sentido,
Vá magoar o afeto estremecido
Que me inspirou teu virginal encanto.
Se agora eu fujo ao teu olhar
querido,
Cheio de luz, de intérmino quebranto,
Eu sinto da alma num pequeno canto
Teu doce amor ao meu amor unido ...
Quebrou-se o fio dos meus sonhos
belos
E caíram no manto cetinoso
Dos anéis aromais de teus
cabelos.
FONTE – ASSÚ
NA PONTA DA LÍNGUA, DE IVAN PINHEIRO BEZERRA
ANA LIMA PIMENTEL , COM O PSEUDÔNIMO DE “SINHÁ”, PATRONA DA CADEIRA DE Nº 17, DA EXTINTA ACADEMIA POTIGUAR DE LETRAS, QUE TEVE COMO FUND...